terça-feira, 13 de julho de 2010

#51

Calamidades a Parte
Para os brasileiro o futebol é a maior e melhor forma de entretenimento e também crescimento social. Qual garoto, lá pelos oito anos de idade, senão antes, não sonhou em jogar pelo seu time do coração? Muitos correram atrás de tal anseio, inúmeros são os casos de sucesso, podemos citar o grande lateral-direita Cafu, exemplo do espírito guerreiro do cidadão brasileiro.
Não só no Brasil este exporte move multidões em berros, hinos e gritos por seus clubes predilectos; na Europa a maior competição futebolística também paralisa a população do continente realizando finais cada ano em uma cidade previamente determinada. Esta catarse causada pela competição não apenas serve como alternativa para esquecer os problemas sociais mas também como forma de bem estar, ser o vencedor: ser o melhor em um mundo capitalista e extremamente competitivo se torna essencial.
Infelizmente, este êxtase causado pela competição é aproveitado de forma negativa pelo poder político, como alcalóide, desfocando a população da realidade para se auto beneficiarem. Como na Copa do Mundo de dois mil e seis, que enquanto a população assistia aos jogos os deputados aproveitavam para votar aumentos salariais para eles próprios.
Futebol é sim o ópio do povo, mas não é apenas ele, qualquer movimento coletivo, que sempre serviram como forma de interação social e para esconder calamidades. Não tendo onde nos apoiar, seguramos firme a bandeira nacional gritando a plenos pulmões no único mês que em realmente sentimos orgulho de nossa pátria, esquecendo por um breve momento as calamidades de nossa sociedade, tal qual na Roma antiga.

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